sábado, 10 de setembro de 2011

CICATRIZES


Cumprida uma década desde o 11 de Setembro de 2001, que balanço pode ser feito daquele acontecimento e dos que originou? Quais as cicatrizes que deixou?


Substituída a administração Bush por outra que tantas esperanças alimentou, constata-se que quanto a matérias de esclarecimento sobre os atentados contra as Torres Gémeas estamos praticamente no mesmo ponto em que nos quiseram deixar os responsáveis no poder àquela data.

A tese oficial, contra evidências e argumentos múltiplos[1], continua a querer convencer-nos que um conjunto de inexperientes pilotos árabes lograram voar com uma precisão milimétrica contra as torres e, pior, numa trajectória de voo rasante contra o edifício do Pentágono. Continua a exibir destroços que há evidência não podem pertencer a aeronaves das dimensões e peso de aviões comerciais e a insistir que foram as elevadas temperaturas que originaram a fusão da estrutura em aço das torres e provocaram o seu colapso, enquanto exibiu um quase intacto passaporte dum dos alegados terroristas recolhido nos destroços das torres...

Seja a administração Bush ou a actual, de Barack Obama, a Casa Branca persiste em difundir um conjunto de “informações” que apenas os mais incautos ou crédulos aceitarão sem objecções, enquanto mantém activo o anátema que prontamente lançou sobre quem se atreveu a formular dúvidas, para mais pertinentes.

Os poderes estabelecidos na Casa Branca lançaram, sem o menor pejo e ao abrigo da solidariedade mundial que obviamente receberam na sequência dos atentados, duas guerras de ocupação em partes dum Médio Oriente (Afeganistão e Iraque) que não conhece desde a II Guerra Mundial um processo de efectiva pacificação. Desinformando ou manipulando a informação em benefício dos seus objectivos, os EUA lançaram o mundo num novo ciclo de conflitualidade a ponto de hoje ser crescente o número daqueles que afirmam sem hesitação que longe de ter resolvido a insegurança global, aqueles conflitos apenas a vieram agravar.

O tempo entretanto decorrido deveria começar a jogar a favor daqueles que sempre tentaram observar os acontecimentos de forma mais racional, porém, outros mais recentes, como a operação de que resultou a morte de Bin Laden (o líder da Al-Qaeda e presumido autor moral dos atentados do 11 de Setembro), e a persistência no recurso a práticas de manipulação e de sonegação da informação (sempre em nome duma famigerada segurança nacional que parece cada vez distante de alcançar) que mantém a generalidade da população em estado de permanente ignorância sobre a realidade que nos rodeia e contribuem para tornar cada vez mais real o Big Brother imaginado por George Orwell


[1] Sobre a polémica em torno do 11 de Setembro, ver os “posts” que em 2001 (na data da passagem do 5º aniversário) consagrei ao assunto: «NINE ELEVEN – PARTE I», «NINE ELEVEN – PARTE II» e «NINE ELEVEN – PARTE III» e que, graças à manutenção da política de negação da informação por parte das administrações dos EUA, mantém ainda hoje toda a sua actualidade.

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