Está já
confirmado o fracasso da tentativa de derrube do regime turco de Recep Tayyip Erdogan e
do seu partido (o AKP) de matriz islâmica.
Prontamente
apontado como de origem externa (Erdogan associou já Mohammed Fethullah Gullen,
seu ex-associado e grande rival depois de ter rebentado em 2013 o escândalo
denunciando a corrupção do regime do AKP) o golpe terá soçobrado após o apelo
feito por Erdogan aos seus apoiantes para que saíssem à rua em defesa do actual
governo.
Embora
aparentemente resolvida a «Tentativa
falhada de golpe de Estado na Turquia», restam por esclarecer as
verdadeiras razões para a iniciativa militar. Se estas derivarem dum clima de
mal-estar resultante do agravamento do conflito com a minoria curda e não
apenas duma justificada oposição ao desvario dum Erdogan que pretende ser um
novo sultão absolutista num estado neo-otomano que encerra jornais e prende
jornalistas e intelectuais (ver o post
«DELITO
DE OPINIÃO», enquanto reprime brutalmente as minorias étnicas (como a
curda) e reduz os direitos das mulheres, talvez este fracasso iniba próximas
tentativas; mas se a origem do problema estiver ligado à vizinha situação na
Síria (onde o regime de Erdogan é um activo apoiante do Daesh que o recompensa
com o petróleo contrabandeado para uma empresa do seu filho) ou ao
recrudescimento das acções contra o PKK (o Partido dos Trabalhadores Curdos,
que representa a minoria curda, retirou a maioria parlamentar ao AKP e é
apodado de terrorista pelo regime de Ancara) e ao crescente número de baixas
entre os militares turcos, então voltaremos a ouvir falar de revoltas na Turquia.
Inevitavelmente!
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