Depois de ter
sabido que em reacção à notícia que o «Ecofin
confirma sanções para Portugal e Espanha» e que de pronto a «Espanha
reage às sanções com mais 6000 milhões em impostos», não pode espantar o
facto de lermos em seguida que «Schäuble
diz que sanções são para “incentivar” Portugal a actuar».
Do ponto de
vista do ordoliberalismo trata-se de, tal como anteriormente fizeram com a
Grécia, conduzir as “ovelhas” tresmalhadas ao redil da obediência e do
bem-estar dos mandantes (o futuro e o bem-estar dos mandados é irrelevante para
quem sistematicamente se revela desprovido dos conceitos éticos mais básicos),
por outras palavras uma simples apologética bem representada na figura da “política
do cacete e da cenoura”.
Schauble e os
seus “amigos” estão focados em garantir a salvaguarda dos interesses que
representam e, o tempo têm-o comprovado, tudo farão para atingir esse
objectivo. Crêem poder submeter tudo e todos, mas o que eles efectivamente almejam
é disfarçar a fragilidade do tecido bancário alemão que caminha rapidamente
para se revelar tão tóxico como o dos restantes parceiros da europa do dinheiro
especulativo e depois da hecatombe apenas ficará a europa que eles mais têm
desprezado; a europa do trabalho e do investimento produtivo.
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