quarta-feira, 13 de julho de 2016

A EFICIÊNCIA ALEMÃ

Depois de ter sabido que em reacção à notícia que o «Ecofin confirma sanções para Portugal e Espanha» e que de pronto a «Espanha reage às sanções com mais 6000 milhões em impostos», não pode espantar o facto de lermos em seguida que «Schäuble diz que sanções são para “incentivar” Portugal a actuar».


Do ponto de vista do ordoliberalismo trata-se de, tal como anteriormente fizeram com a Grécia, conduzir as “ovelhas” tresmalhadas ao redil da obediência e do bem-estar dos mandantes (o futuro e o bem-estar dos mandados é irrelevante para quem sistematicamente se revela desprovido dos conceitos éticos mais básicos), por outras palavras uma simples apologética bem representada na figura da “política do cacete e da cenoura”.

Schauble e os seus “amigos” estão focados em garantir a salvaguarda dos interesses que representam e, o tempo têm-o comprovado, tudo farão para atingir esse objectivo. Crêem poder submeter tudo e todos, mas o que eles efectivamente almejam é disfarçar a fragilidade do tecido bancário alemão que caminha rapidamente para se revelar tão tóxico como o dos restantes parceiros da europa do dinheiro especulativo e depois da hecatombe apenas ficará a europa que eles mais têm desprezado; a europa do trabalho e do investimento produtivo.

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