Podemos pensar
em assinalar a data (e os terríveis acontecimentos nela vividos) mas de modo
algum podemos minimizar a carnificina que ontem teve lugar em Paris a um
simples atentado terrorista, onde o «Estado Islâmico quis “vingar a Síria”»,
patrocinado que seja pelo Daesh ou qualquer outra organização.
A França terá
tido o seu “11 de Setembro” mas, aparte o horror em geral e em particular o
sofrimento daqueles que o viveram directamente, importa analisar um “modus operandi” que se assemelha mais aos
atentados em Mombai (atribuídos a um grupo islamita paquistanês) que ao planeamento
metódico que se pode detectar no 11 de Março madrileno ou nos atentados de
Londres em 2005, atribuídos à Al-Qaeda (organização que antecedeu o Daesh no
processo de globalização do terrorismo islamita).
A rapidez com
que foram apontados os responsáveis pelos ataques deixa supor que ou os
responsáveis franceses detinham já informação duns serviços secretos que pouco
ou nada fizeram para prevenir a situação. ou essa é a autoria que melhor servirá
nesta conjuntura, justificando que François Hollande tenha prontamente anunciado
as «Fronteiras encerradas e declarado estado de
emergência em França» (sem consulta
aos demais órgãos de soberania) depois de no próprio dia se ter sabido que a «França
suspende Schengen durante um mês», devido à próxima realização da 21ª
Cimeira do Clima da ONU.
A reacção
norte-americana, elevando o nível de alerta interno e a informação prontamente
posta a circular que «Hollande e Obama «assinam» pacto contra o terrorismo»,
recomendam a continuação das leituras sobre o evoluir da situação e sem
esquecer que neste, como na generalidade dos outros casos, o principal
beneficiado continua a ser o complexo industrial-militar.
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