A notícia
sensação da passada semana foi a grande vitória dos conservadores nas eleições
britânicas e o enorme fracasso das previsões que deram até à última da hora um
empate técnico entre conservadores e trabalhistas.
Confirmadas as
sondagens à boca das urnas que davam os «Conservadores
com maioria absoluta no Reino Unido» e as subidas do SNP (partido nacional
escocês que elegeu 56 dos possíveis 59 deputados) e do UKIP (partido xenófobo
que, devido às características dum sistema eleitoral que integra círculos
uninominais e sem distribuição proporcional de mandatos, apenas elegeu um
deputado mas obteve mais de 4 milhões de votos), bem se pode dizer que o novo
governo de David Cameron vai viver espartilhado entre dois nacionalismos: o
escocês, de vertente independentista mas europeísta e o inglês de marcado
pendor xenófobo e anti-europeu.
Com a já
antecipada viragem à direita do Partido Conservador (vista como resposta às
subidas eleitorais do UKIP e confirmada com a notícia que o «Reino
Unido já vetou plano de quotas de refugiados na UE» e com o anúncio de que «Cameron
quer referendo sobre saída da UE em 2016»), tudo
parece conjugar-se para um redesenho do mapa europeu, sem que tal represente
significativa melhoria.
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