Desde o
agudizar da Crise Global que houve quem lembrasse as semelhanças com a Grande
Depressão (crise que se arrastou de 1929 até ao deflagrar da II Guerra Mundial
e que ficou celebrizada na história norte-americana pelos exércitos de
desempregados que vagueavam em busca de trabalho) e o seu caudal de misérias
humanas.
O mesmo parece
agora repetir-se com o reacendimento da questão racial nos EUA e o aumento da
xenofobia na Europa. Os acontecimentos que conduziram aos motins de Ferguson e
Baltimore, o drama e a cínica falta de medidas concretas para resolver a
questão dos migrantes no Mediterrâneo e até o teor da campanha eleitoral
inglesa (onde o partido nacionalista e xenófobo, UKIP, parece pesar cada vez
mais e onde se especula que a «Escócia
pode ditar futuro Governo no Reino Unido») que
hoje se encerrou, são faces do mesmo problema: um acumular de factores e
situações que, numa sociedade desprovida de coesão, tarde ou cedo deflagram em
algo mais violento.
A grande
maioria das causas estão perfeitamente identificadas dum lado e do outro do
Atlântico, mas ao que tudo indica isso ainda não afecta a oligarquia instalada.
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