Não foi
surpresa ler na imprensa nacional que invocando medidas de segurança, o novo
governo israelita decidiu implementar um projecto-piloto (diz-se que com uma
duração de três meses) que determina os «Palestinianos
impedidos de circularem nos autocarros com israelitas».
Bastará reler o “post” «LAR QUÊ?», que
recentemente editei sobre a formação
daquele governo, para perceber que estariam prestes a ruir os restos de
prurido entre os dirigentes daquele que é o último regime de “apartheid”. Israel e os sucessivos
governos, que tanto gostam de se proclamar como a única democracia do Médio
Oriente, estão afinal entre o que de mais abjecto e inumano existe na região e
no Mundo.
Não bastando o tratamento de autêntico gueto a que condenaram a população
palestiniana da Faixa de Gaza, as constantes humilhações que praticam sobre os
palestinianos da Cisjordânia ao abrigo da política dos colonatos, eis que decidiram
agora que a mão-de-obra palestiniana de que não prescindem passe à situação de
subespécie humana.
Não contentes
com o enxovalho diário infligido nos postos de controlo aos milhares de palestinianos que vão diariamente trabalhar
em território ilegalmente ocupado, eis que os
dirigentes do povo-eleito decidiram agora apoiar as pretensões dos colonos
judaicos e ampliar esse fosso, de tal modo se propuseram fazê-lo que nem durante o período da segregação racial nos EUA,
quando os negros apenas podiam viajar na traseira dos autocarros, alguma vez
foi tentado impedir a partilha dos transportes públicos em que no final do dia
são aqueles trabalhadores devolvidos aos tugúrios onde os deixam sobreviver.
A revolta
perante tal decisão nem sequer esmorece com a informação de que poucas horas
depois o
primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou a suspensão da medida… aberto
mais um precedente, outros se seguirão!
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