Assinalar mais
uma vez a data do 11 de Setembro ganha contornos dalguma novidade que nem nas
terras do Tio Sam parece ter passado despercebido.
Após uma
primeira fase onde se sucederam as iniciativas para um entendimento mais profundo
dos factos e que contribuíram grandemente para o esclarecimento de muita da
desinformação que desde a primeira hora rodeou o atentado contra as Torres
Gémeas, processo que continua a ser regularmente alimentado por novas notícias,
como a que assegura que «Treze
anos depois, Egipto diz que EUA ignoraram alerta»,
contrariando a tese oficial que além de atribuir a responsabilidade à Al-Qaeda ignora
factos controversos e mantém dúvidas fundamentadas sem resposta (ver a
propósito os “posts” «NINE
ELEVEN Parte I», «NINE
ELEVEN Parte II»,
«NINE
ELEVEN Parte III», «11
DE SETEMBRO DE 2001» e «A
PROPÓSITO DO 11 DE SETEMBRO»).
Consequência
da inflexível postura neoconservadora foi ainda a catastrófica resposta que foram
as invasões do Afeganistão e do Iraque, que poderão ter gerado milhares de
milhões de dólares de lucros nos sectores económicos ligados à indústria
militar e às múltiplas facetas da reconstrução que se lhe segue mas que
alimentou igualmente o proselitismo dos radicalismo islâmico. Afinal as
invasões e a panóplia de agressões e arbitrariedades que as acompanharam foram
o que de melhor lhes podia ter acontecido pois passaram a constituir a
comprovação da propaganda com que ambicionam incendiar a opinião pública
islâmica.
Os recentes
desenvolvimentos no Crescente Fértil, a entrada em cena dum novo actor (o ISIS)
no já muito complicado xadrez geoestratégico na região e a inevitável
comparação entre a sua génese e a da Al-Qaeda (ambos os movimentos receberem apoio
mais ou menos formal de Washington para funcionarem como braço-armado ao
serviço dos seus interesses conjunturais) não está a passar em claro, nem nos
meios de comunicação norte-americanos.
E se algumas
constituem referências mais ou menos discretas, outras apontam claramente a
origem ao sector neoconservador que marcou a agenda política durante a
administração de George W Bush colocando o surgir da besta na sua sombra
directa e marcando uma possível flexibilização da opinião pública
norte-americana sem reflexos ainda numa política externa que tarda em
formalizar soluções duradouras e mantém o Mundo numa situação de insegurança,
que apenas pode ser intencional!
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