sexta-feira, 24 de agosto de 2007

AS COISAS MUDAM?

Mesmo sem constituir grande notícia, ou até significativa alteração ao actual cenário, a recente decisão da nova equipa autárquica de Lisboa de aprovar uma proposta do movimento “Cidadãos por Lisboa” exigindo ao governo de José Sócrates a inclusão nos estudos para a localização do novo aeroporto de Lisboa da hipótese Portela + Alcochete, constitui um passo importante para que se venha a alcançar uma solução mais equilibrada.

Politicamente mais relevante terá sido o facto dos socialistas da CML e principalmente António Costa, o seu actual presidente, ter abandonado a posição de intransigência contra esta hipótese, que defendeu enquanto membro do governo, em favor de uma abstenção que não inviabilizou a iniciativa.
Mais importante que a presença de Helena Roseta, o rosto mais conhecido daquele movimento cívico, nos noticiários televisivos é a imagem (vamos ver se fundamentada) de que a polémica questão da construção de uma nova estrutura aeroportuária se mantém viva bem como a pressão no sentido de a ver devidamente debatida.

Mesmo que esta exigência da autarquia lisboeta venha a colher acolhimento do governo, algo que parece bastante provável se atentarmos no facto de recentemente este ter decidido autorizar o LNEC a proceder à contratação directa de consultores externos para completar o processo de avaliação da alternativa da localização no campo de tiro de Alcochete, continuará por contemplar nos estudos a chamada opção 0 – que no caso concreto significaria não construir novo aeroporto.

Mantendo-se em aberto todas as dúvidas, continuam válidas todas as iniciativas que contribuam para uma sã discussão do problema, assim o entenda quem governa o país...

2 comentários:

antonio ganhão disse...

Se por causa deste blog o aeroporto for mesmo para Alcochete garanto que represálias serão exercidas! Ota!

A Xarim disse...

O que me deixaria verdadeiramente satisfeito era que a questão de construir um novo aeroporto fosse realmente debatida, a começar pela questão fulcral: SERÁ MESMO PRECISO UM NOVO AEROPORTO?
E em caso afirmativo, será adequada à situação económica e financeira do país a construção de um NAL?
Se o objectivo do NAL é melhorar a capacidade de transporte aéreo (e não um mero exercício para aumentar os lucros dos especuladores imobiliários e das empresas de construção), não haverá formas mais económicas de atingir o mesmo resultado?
Continuo à espera de respostas convincentes!