O resultado
das eleições alemãs, marcado pela queda acentuada das forças políticas
tradicionais (os democratas cristãos da CDU/CSU e os sociais democratas do SPD)
e pela entrada para o terceiro lugar da hierarquia da extrema direita
nacionalista do AfD e pelo regresso dos liberais do FDP (agora com discurso
muito próximo da AfD), pode ter marcado o final de qualquer hipótese para o
regresso a uma UE mais próxima dos valores fundadores.
O
ressurgimento da “águia alemã” vai representar o enlameamento da vida política
e social da Europa, pois tudo indica que os políticos, alemães e de outras
nacionalidades, responderão à ascensão da extrema-direita com uma opção pelas
ideias menos europeístas pelo que não será de estranhar termos, dentro em
pouco, uma Europa a duas velocidades (ou mesmo três, se contarmos que teremos
duas dentro da Zona Euro e outra fora dela) e veremos esfumar-se qualquer
hipótese do Brexit poder contribuir com alguma coisa de positivo para a reforma
da UE.
Sem comentários:
Enviar um comentário