quarta-feira, 20 de setembro de 2017

TRUMP E A ONU

Decorre mais uma Assembleia-Geral da ONU, que anualmente reúne bom número de líderes mundiais para discursos mais ou menos de circunstância, com a esperada participação do Presidente norte-americano que contrariando a tardicional lógica dipomárica fez discurso nunca visto na ONU, anunciando a sua intenção de desdtruir a Coreia do Norte.


Ainda que o anúncio possa ser entendido como mais uma fanfarronada, o momento e o local escolhidos deverão dificultar ainda mais qualquer tentativa de negociação que a China possa estar a ensaiar. Na prática o que Trump terá feito foi fragilizar a quase moribunda ONU, dificultar ainda mais o papel de Pequim, a quem exige que contenha o vizinho belicoso, e fazer aumentar os receios de um eventual conflito, não faltando até que tenha aproveitado o ambiente de tensão para recordar que na Inglaterra a «Rainha Isabel II já tem discurso preparado para anunciar Terceira Guerra Mundial», ainda que este tenha sido redigido há mais de trinta anos.

Em resposta (e dentro das melhores práticas diplomáticas) a «China elogia acordo nuclear com o Irão depois de Trump o classificar de vergonha», classificando-o como fruto importante do multilateralismo e exemplo de como resolver questões por via diplomática. É que ao contrário do que pretende Trump, quando afirmou que «“Se não tivermos escolha vamos destruir totalmente a Coreia do Norte”», é sempre ao lado mais forte que cabe a respnsabilidade de prevenir o agravamento das crises até ao ponto de deflagração.

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