sexta-feira, 8 de setembro de 2017

MALPARADO... BEMPARADO...

Confirme-se ou não, como noticiou esta semana o PUBLICO, que o «Banco de fomento vai financiar solução para malparado na banca» e mesmo desconhecendo-se todos os contornos da operação, salvo o facto desta englobar o BCP, a CGD e o Novo Banco, muitos concordarão que os sinais não serão os melhores.

Não se trata apenas das limitações materiais da iniciativa, referidas pelo NEGÓCIOS quando assegura que «Banco de fomento financia empresas com malparado mas viáveis» – ou seja apenas uma parte do bolo, cuja dimensão não é sequer oficialmente conhecida – mas também da completa ausência de intenções que corrijam os erros que levaram o sector financeiro onde se encontra.


Sobre a correcção dos modelos de gestão orientados para os resultados de muito curto prazo, ou sobre as conhecidas políticas de prémios indexados aos resultados semestrais auto-atribuídos pelos gestores de topo, nem uma palavra, quanto mais qualquer arremedo de inversão; e nem é bom falar no regresso a uma clara separação entre as actividades bancárias de índole comercial ou de especulação!

De tudo apenas se pode concluir que o malparado está... bem parado, o “lixo” criado desaparecerá do balanço dos bancos  e tudo assim irá continuar até à próxima crise.

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