Confirme-se ou
não, como noticiou esta semana o PUBLICO,
que o «Banco
de fomento vai financiar solução para malparado na banca» e mesmo
desconhecendo-se todos os contornos da operação, salvo o facto desta englobar o
BCP, a CGD e o Novo Banco, muitos concordarão que os sinais não serão os
melhores.
Não se trata
apenas das limitações materiais da iniciativa, referidas pelo NEGÓCIOS quando assegura que «Banco
de fomento financia empresas com malparado mas viáveis» – ou seja apenas
uma parte do bolo, cuja dimensão não é sequer oficialmente conhecida – mas também
da completa ausência de intenções que corrijam os erros que levaram o sector
financeiro onde se encontra.
Sobre a
correcção dos modelos de gestão orientados para os resultados de muito curto
prazo, ou sobre as conhecidas políticas de prémios indexados aos resultados
semestrais auto-atribuídos pelos gestores de topo, nem uma palavra, quanto mais
qualquer arremedo de inversão; e nem é bom falar no regresso a uma clara
separação entre as actividades bancárias de índole comercial ou de especulação!
De tudo apenas
se pode concluir que o malparado está... bem parado, o “lixo” criado desaparecerá
do balanço dos bancos e tudo assim irá
continuar até à próxima crise.
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