Agora que
oficialmente «Começou
o Brexit» e apesar de existir um roteiro atempadamente previsto (o famoso
artigo 50 do Tratado de Lisboa) não terminaram as dúvidas sobre o desenrolar do
processo nem a incerteza sobre o resultado, mesmo que haja, como a embaixadora do
reino Unido em Lisboa, quem assegure que o «"Brexit
é uma mudança, não é algo negativo. Ninguém vai perder"».
Estando longe
de acreditar em tanta bonomia e felicidade, também não desejo que o processo se
assemelhe ao doloroso “arrancar dum dente”...
porque seremos
todos nós (europeus e britânicos) a suportar as dores.
Muita água (e contra-informação) correrá sob as pontes até à finalização dum processo que até
poderá ditar um aprofundamento em algumas vertentes da UE que o Reino Unido
sempre obstaculizou (como a união fiscal ou o exército único, patamares
indispensáveis para a construção duma união económica e política funcionalmente
eficaz), mas se saldará sempre por algum prejuízo para todos.
Para já o mais
prejudicado é o sentimento de confiança que deveria imperar entre os
estados-membros, mas poderíamos esperar outra coisa depois de termos assistido
à liquidação sistemática do princípio da solidariedade?
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