O final do dia
de hoje pode apresentar-nos um cenário europeu diverso do das primeiras horas
do dia. Concretize-se a esperada vitória do candidato de extrema-direita, Norbert
Hoffer, nas eleições presidenciais austríacas e um “Não” no referendo italiano –
referendo sobre reformas constitucionais transformado num plebiscito onde o
primeiro-ministro «Renzi
arrisca futuro com referendo» – e estará concretizada um profunda alteração
na distribuição de forças (e vontades) em dois dos mais importantes membros da
UE.
Confirmando-se
que a «Extrema-direita
pode vencer presidenciais na Áustria», o país – originado com a derrocada
do Império Austro-Húngaro e sobrevivente do Anschluss (anexação com a Alemanha
nazi) – conhecerá o primeiro presidente de extrema-direita desde a II Guerra
Mundial, o que se deverá traduzir num reforço das tendências nacionalistas que
já grassam por outros estados do leste europeu.
Por seu turno,
a possível queda de Renzi e a convocação de eleições antecipadas poderá
acelerar a ascensão do populista Beppe Grillo e o regresso do famigerado Silvio
Berlusconi.
Tudo boas
notícias para uma UE que há muito deixou de revelar a menor capacidade para gerir
crises de qualquer natureza, salvo o recurso à comprovadamente ineficiente procrastinação
responsável pela sua actual letargia.
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