Depois de no
início da semana se ter deslocado a Nova Iorque para assistir à cerimónia de
tomada de posse do seu amigo António Guterres, como novo secretário-geral da
ONU, dando assim o devido destaque a uma personalidade nacional e parecendo
querer inverter atitudes de despeito do seu antecessor, eis que o presidente «Marcelo
Rebelo de Sousa volta a dar notas na TSF».
Capaz do
melhor e do pior, mas quase sempre incapaz de resistir ao estrelato mediático,
foi a uma antena de rádio prestar-se a um papel indigno e inadequado a quem
ocupa a principal magistratura do país.
Ao contrário
de Cavaco Silva, de quem poucas vezes ouvimos algo de relevante e cujos
discursos de tão tortuosos se tornavam facilmente inextricáveis, Marcelo
revela-se sempre pronto a comentar o que quer que seja e assim está a
vulgarizar as suas intervenções a ponto de que não haverá mais quem queira
perder tempo a ouvi-lo.
Estivemos mal
servidos por um presidente pouco culto e notoriamente vingativo e corremos
agora o risco de ficar mal servidos por outro cuja cultura dispersa aos quatro
ventos.
Sem comentários:
Enviar um comentário