No passado
Sábado ocorreu em Ancara, a capital turca, um atentado durante uma manifestação
a favor da paz. Estava no início uma manifestação contra a guerra que grassa no
leste do país entre o exército turco e os separatistas curdos do PKK, que fora
convocada por várias organizações sindicais e contava com o apoio do HDP, Partido
Democrático do Povo (pró-curdo), quando ocorreu o atentado.
Se as
primeiras notícias reportavam que «Explosões
em Ancara matam pelo menos 30 pessoas», pouco tardou para que a dimensão
dos números e da chacina conhecessem outra dimensão com a notícia que «Pelo
menos 95 pessoas morreram em duas explosões no centro de Ancara».
Naturalmente o
governo turco já fez saber que o «Estado
Islâmico é suspeito número um de atentado na Turquia» – tanto mais
que semelhante acusação poderá constituir um excelente pretexto para uma
intervenção da NATO na Síria – mas noutra
manifestação entretanto realizada pelos mesmos promotores era generalizado o
sentimento que a responsabilidade deveria ser imputada ao AKP (Partido da
Justiça e do Desenvolvimento) do presidente Recep Tayyip Erdogan; os defensores
desta tese recordam que o país está em vésperas de novas eleições (depois de
nas eleições de Junho o AKP ter perdido a maioria que detinha) e que já no
decorrer da última campanha eleitoral ter ocorrido um
atentado
num comício do HDP, no que classificam como manobra daquele partido para
conquistar os votos dos sectores mais nacionalistas.
Sem comentários:
Enviar um comentário