Qual
tragicomédia de pacotilha a “crise grega” conhecerá o desfecho esperado – novo
pacote de medidas conjunturais que as duas partes anunciarão como uma vitória –
que não resolverá nenhum dos problemas europeus; a Grécia continuará sem encontrar
os meios para liquidar uma dívida impossível de pagar (situação agravada por
uma economia que se à partida era débil, agora está completamente
esfrangalhada) e a UE persiste num trilho de completa negação dos verdadeiros
problemas que a atormentam.
Em nome da
estabilidade e de razões de ordem geoestratégica (as mesmas razões que
determinaram a entrada do país na moeda única, mesmo quando todos os
intervenientes conheciam a fragilidade e a insustentabilidade da sua situação
económico-financeira e que agora se aplicam noutras regiões periféricas da
Europa, como a Ucrânia) que obrigam a presença da Grécia na UE e na Zona Euro,
acabará por se alcançar um acordo que manterá os gregos e demais povos europeus
reféns duma teoria económica que uma plêiade de governantes ineptos e inaptos transformaram
no dogma do novo milénio.
Os graves
problemas estruturais da Zona Euro continuarão por resolver... até à próxima
crise, ou até que aquela atinja o primeiro dos países do centro europeu.
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