Em novo costumava ouvir um aforismo, citado para contrariar a prática de desculpas fáceis e sem sustentação; dizia-se então que «a mentira tem perna curta», algo que bem podia hoje servir de guia aos nossos governantes e que me veio prontamente à memória ao ler que «Afinal não havia desvio colossal na despesa em 2011».
Esta afirmação apenas vem confirmar a má-fé com que o executivo de Passos Coelho tem abordado a delicada situação económico-financeira do país, ao mesmo tempo que elimina os últimos resquícios de qualquer tentativa justificadora das reais intenções daqueles que se escondem por detrás das dificuldades do país. Passos Coelho, o seu governo e os partidos que o apoiam (PSD e CDS) têm desde há muito uma agenda que cuidadosamente vêm escondendo dos cidadãos, incluindo aqueles que neles votaram. A afirmação atribuída ao primeiro-ministro não constitui afinal mais que uma etapa na estratégia terrorista que está a ser implementada para conduzir o país para uma “solução final” à semelhança de que está em vias de ser aplicada à Grécia, relativamente à qual o EXPRESSO noticiava hoje que a «Alemanha quer controlo directo do orçamento de Atenas».
Esta afirmação apenas vem confirmar a má-fé com que o executivo de Passos Coelho tem abordado a delicada situação económico-financeira do país, ao mesmo tempo que elimina os últimos resquícios de qualquer tentativa justificadora das reais intenções daqueles que se escondem por detrás das dificuldades do país. Passos Coelho, o seu governo e os partidos que o apoiam (PSD e CDS) têm desde há muito uma agenda que cuidadosamente vêm escondendo dos cidadãos, incluindo aqueles que neles votaram. A afirmação atribuída ao primeiro-ministro não constitui afinal mais que uma etapa na estratégia terrorista que está a ser implementada para conduzir o país para uma “solução final” à semelhança de que está em vias de ser aplicada à Grécia, relativamente à qual o EXPRESSO noticiava hoje que a «Alemanha quer controlo directo do orçamento de Atenas».
Da mesma forma que o pedido de resgate ao FMI e ao FEEF, feito por Sócrates, surgiu a pedido e por necessidade dos “banqueiros” (como tive oportunidade de afirmar em Abril do ano passado, no “post” «FMI»), também agora as políticas ditas de austeridade (redução de salários na Função Pública e no Sector Empresarial do Estado, redução de prestações socias, aumentos generalizados de taxas e de impostos) surgem com o fito de agravar ainda mais o já desequilibrado processo de redistribuição da riqueza que há décadas vem privilegiando os rendimentos do capital (lucos e mais-valias) em detrimento dos do trabalho (salários) e que, a par com a gradual redução da cobrança de impostos sobre os primeiros, está na origem das dificuldades orçamentais dos Estados que contribui para a situação de sobreendividamento.
Para melhor entendimento leia-se a notícia inicialmente referida, quando afirma que a «…despesa fechou o ano a cair mais 440 milhões de euros do que o previsto no OE 2011, enquanto a receita ficou 2332 milhões abaixo do estimado»; segundo a fonte da notícia, a UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental, ou seja, a entidade que dá apoio aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças) explica a redução das receitas «…com a não contabilização, no exercício de 2011, da receita prevista com a emissão de licenças 4G” e com um crescimento abaixo do esperado das contribuições para Segurança Social», mas principalmente conclui que o imposto especial lançado sobre o subsídio de Natal de 2011 era desnecessário!
A confirmação da inexistência do famigeradoo desvio orçamental ganha ainda mais impacto por ter origem numa entidade oficial, não podendo ser simplesmente apodada de partidária e descartada como mero exercício de luta política, constitui uma clara evidência das mentiras que rodeiam a questão dos défices e da dívida pública nas quais o actual governo mergulha de forma tão convicta que mesmo quando os seus patrões do FMI afirmam que «Portugal pode aliviar ritmo de redução do défice» persiste na afirmação de que «Não pediremos mais tempo nem mais dinheiro».
O pior, para nós cidadãos contribuintes, é que tanto num caso como no outro tudo não passa de afirmações vazias e destituídas que qualquer fundamento ou convicção, pois da mesma forma que Passos Coelho anunciou antes das eleições que não procederia a aumentos de impostos, também sobre a reestruturação da dívida dará o dito por não dito, mergulhando-nos de cabeça no vórtice da crise.
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