sábado, 19 de novembro de 2005

VOLTAM À RIBALTA AS NOTÍCIAS SOBRE A OTA

Publicados alguns dos estudos realizados sobre o novo aeroporto da Ota, reajustados os valores do investimento (dos 2,1 milhões de euros previstos em 2001 passamos para os 3 milhões) parece-me continuarem por responder demasiadas questões em torno deste projecto.

Confirma-se, ou não, que o actual aeroporto da Portela não dispõe de condições para acolher as previsões do aumento do número de passageiros?

Em caso afirmativo a melhor solução será a construção de um aeroporto de grande dimensão, em substituição do da Portela, ou a construção de uma estrutura que complemente a capacidade instalada na Portela?

Em caso negativo será que a razão para a mudança do aeroporto se prende com questões de segurança (funcionamento de uma estrutura aeroportuária integrada na malha urbana de Lisboa)?

Em qualquer dos cenários que se verifique, continuo hoje convicto que associados aos potenciais interesses de “lobbys” defensores da Ota existem os do sector imobiliário ávido em dispor de toda uma nova área para construção, bem no interior da cidade de Lisboa. Assim, mantenho o que há meses escrevi em ESTUDO SOBRE A OTA e desafio o governo a revelar capacidade de inovação na implementação deste projecto (que parece entender como grande desígnio nacional) e a elaborar um esquema de financiamento para que integre as contrapartidas a pagar pelos todos os que queiram beneficiar do acesso aos terrenos do actual Aeroporto da Portela.

Esta proposta de solução nem sequer parece particularmente difícil, uma vez que estamos a falar de empresas que operam nos sectores do imobiliário e da construção, e revestiria para a opinião pública portuguesa segura importância na medida em que - facto inédito - assistiríamos à actuação de um governo no sentido da verdadeira defesa dos seus cidadãos numa dupla perspectiva – defesa na prevenção de acidentes resultantes da actual localização do aeroporto e na poupança que seguramente todos sentiríamos nos nossos “bolsos”.

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