quinta-feira, 17 de novembro de 2005

CADA VEZ MAIS FALTAM OS ARGUMENTOS

Os EUA não só mentiram quanto ao uso de armas químicas no Iraque como, vai-se agora descobrindo, também os ingleses as usaram.

Ambos os governos acabaram admitindo o uso daquele tipo de produto, alegadamente para fins de cobertura de movimentos de tropas (quando deflagradas as granadas produzem um intenso fumo branco) mas também para fins de iluminação de posições inimigas.

Como em muitas outras situações os porta-vozes governativos garantem que em situação alguma foram utilizadas contra alvos civis (como se fosse possível garanti-lo durante uma operação de assalto a um centro urbano), mas começam a circular em número cada vez maior informações sobre o uso de outro tipo de produtos químicos.

O insuspeito jornal inglês THE GUARDIAN refere num artigo, publicado na sua edição de dia 15, que já em 2003, durante o processo de aproximação a Bagdad e junto à fronteira com o Kuwait, foram utilizadas bombas incendiárias “semelhantes a napalm”.

Este e outros relatos parecem confirmar o teor da notícia difundida há dias pela RAINews 24, e hoje retomado num artigo do DIÁRIO DE NOTÍCIAS que salienta as contradições da administração americana, na tentativa de justificar o injustificável.

Este conjunto de episódios tem contribuído para um crescente clima de contestação da invasão do Iraque, não só entre a população americana mas no próprio Senado onde já se começam a verificar situações de senadores republicanos a alinharem pelas críticas ao presidente George W Bush.

Entre os mais notados encontra-se o senador republicano Chuck Hagel que de partidário da invasão passou a mais um dos críticos, a avaliar por um artigo do WASHINGTON POST.

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