Chegou
no final da passada semana a notícia que «Mais
veículos vão pagar classe 1 a partir de Janeiro», mas desiluda-se quem pensa
que com a nova regra de definição dos veículos da classe 1 – altura ao solo
sobre o eixo dianteiro subiu de 1,10 para 1,30 metros – o seu velho TT vai
passar a pagar menos.
A nova regra
exclui todos os veículos que não cumpram a norma ambiental Euro VI, que só
entrou em vigor em 2015, pelo que «só
carros mais novos vão beneficiar da nova classe 1 nas autoestradas».
Tranquilizem-se
pois o Grupo PSA – o grande promotor desta alteração e o seu principal beneficiário
– e as concessionárias das auto-estradas que pouco irão sentir na redução das
receitas.
Se dúvidas
houvesse que muitas regras existentes neste País são criadas para benefício
específico de certos e determinados interessados (lembrem-se que o anterior
limite de 1,10 metros foi fixado para benefício da Ford-Volkswagen e da fábrica
de Palmela) o cinismo desta nova alteração vem confirmá-lo. E não me falem nas
questões ambientais (a tal norma EuroVI) porque se alguém estivesse
verdadeiramente interessado em contribuir para a redução da poluição legislaria
no sentido de incentivar a substituição do velho parque automóvel, que em média
tem mais de 12 anos de idade, por viaturas eléctricas e de trocar o poluente e
dispendioso sistema de transporte rodoviário de mercadorias pela expansão e modernização
da ferrovia.
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