Quando em Maio
deste ano recorri a um poema de Bob Dylan (o famoso THE
TIMES THEY ARE A-CHANGIN') para ilustrar o desespero com que muito boa
gente observa o quotidiano, estava longe de voltar a este emblemático poeta
cantor norte-americano e ainda de o fazer por termos hoje sabido que o «Nobel
da Literatura vai para Bob Dylan».
Embora a
primeira área de eleição tenha sido a do Pop/Rock, este descendente de judeus
russos (de seu nome verdadeiro Robert Allen Zimmerman) acabou por se
notabilizar na área do Folk e do Blues (por assumida influência de Woody
Guthrie), mas muito em especial pela temática das suas letras, que o levaram
desde a canção de protesto – período onde se destacam Blowin' in the Wind e The
Times They are A-Changin' que estão entre as canções consideradas
verdadeiros hinos dos movimentos contra a guerra e pelos direitos civis – até
visões mais pessoais e introspectivas.
Podemos
aplaudir a escolha ou partilhar da ideia que «Bob Dylan não merecia»
esta distinção, mas facto inegável é que marcou o panorama mundial da música e
influnciou outros músicos, como os Creedence Clearwater Revival, Beatles, David
Crosby, Stephen Stills, Graham Nash, Neil Young, Paul Simon, Tom Waits, Elvis
Costello, Bruce Springsteen, Tom Petty, Ben Harper, Eric Clapton, Nick Drake,
Tracy Chapman, U2... e tantos outros que o venham a ouvir com a atenção que
ninguém pode negar que merece.
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