quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

GUERRA (IN)CIVIL NA SÍRIA

O tempo dirá se a declaração em que o «Enviado especial da ONU à Síria anunciou a suspensão das negociações de paz» se deve mais às divisões entre os grupos opositores ao regime de Bashar al-Assad (e aos interesses que os suportam) ou às notícias sobre uma ofensiva governamental sobre Alepo.

Contrariamente ao que muitas vezes se assegura a Síria não sofre apenas uma guerra civil destinada à deposição dum déspota, antes um desdobramento de conflitos pela hegemonia regional, que Arábia Saudita, Irão e Turquia travam por procuração e me território sírio, não sendo por isso estranho afirmar-se que «Ninguém acredita nas conversações de paz para a Síria», ainda mais agora que se sabem estarem as «Negociações de paz suspensas até 25 de Fevereiro».

Se o aumento da participação russa no conflito e a ziguezagueante estratégia ocidental de apoio ao derrube de Bashar al-Assad e de combate ao Daesh (que é um dos vários grupos combatentes contra o regime alauíta) conhecerá neste período a clarificação suficiente para sustentar nova ronda de negociações, é a grande incógnita para as próximas semanas.


Para já ficam duas garantias: a ONU voltou a falhar em toda linha em mais esta tentativa de negociação e as populações sírias continuarão a sofrer as principais consequências.

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