O tempo dirá se a declaração em
que o «Enviado
especial da ONU à Síria anunciou a suspensão das negociações de paz» se
deve mais às divisões entre os grupos opositores ao regime de Bashar al-Assad (e
aos interesses que os suportam) ou às notícias sobre uma ofensiva
governamental sobre Alepo.
Contrariamente ao que muitas
vezes se assegura a Síria não sofre apenas uma guerra civil destinada à
deposição dum déspota, antes um desdobramento de conflitos pela hegemonia
regional, que Arábia Saudita, Irão e Turquia travam por procuração e me
território sírio, não sendo por isso estranho afirmar-se que «Ninguém
acredita nas conversações de paz para a Síria», ainda mais agora que se
sabem estarem as «Negociações
de paz suspensas até 25 de Fevereiro».
Se o aumento da participação
russa no conflito e a ziguezagueante estratégia ocidental de apoio ao derrube
de Bashar al-Assad e de combate ao Daesh (que é um dos vários grupos
combatentes contra o regime alauíta) conhecerá neste período a clarificação
suficiente para sustentar nova ronda de negociações, é a grande incógnita para
as próximas semanas.
Para já ficam duas garantias: a
ONU voltou a falhar em toda linha em mais esta tentativa de negociação e as
populações sírias continuarão a sofrer as principais consequências.
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