Tal como os
Jogos Olímpicos se tornaram na actualidade um fenómeno quadrienal recorrente,
também na fase marcadamente imperial as eleições norte-americanas passaram a
integrar um périplo externo onde os candidatos tentam exibir os seus talentos
internacionais, mesmo que este se destine a mero consumo interno. Isso mesmo
acabou de fazer o candidato republicano, Mitt Romney, com os resultados
conhecidos.
Não contente
com os infelizes comentários onde «Mitt
Romney critica organização dos Jogos» Olímpicos, o candidato excedeu-se, revelando uma inusitada
capacidade para proferir alarvidade atrás de alarvidade, culminando com a
enormidade de afirmar que «o
sucesso de Israel deve-se à “mão da providência”» ou, à revelia do direito
internacional e como antes já o fizera Obama, que «Jerusalém
é a capital de Israel».
Graças a estas
e outras declarações – como a que proferiu em reacção à mais recente mortandade
registada nos EUA, defendendo que «endurecer
leis sobre armas não é solução» – Romney espera conquistar o eleitorado
mais conservador e os importantes votos da comunidade judaica (e o não menos
importante apoio financeiro), ainda que a primeira reacção conhecida tenha sido
a de que a «Palestina
acusa Romney de comentários racistas e odiosos»
Enquanto
ficamos a saber que «Romney
despede-se da Europa com mais uma gaffe» (o último alvo foi a Rússia),
resta concluir que ao que tudo indica, e repetindo a história recente, os
americanos correm o risco de voltar a sentar na Sala Oval uma reedição de
George W Bush!
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