quinta-feira, 2 de agosto de 2012

SILLY SEASON À AMERICANA


Tal como os Jogos Olímpicos se tornaram na actualidade um fenómeno quadrienal recorrente, também na fase marcadamente imperial as eleições norte-americanas passaram a integrar um périplo externo onde os candidatos tentam exibir os seus talentos internacionais, mesmo que este se destine a mero consumo interno. Isso mesmo acabou de fazer o candidato republicano, Mitt Romney, com os resultados conhecidos.


Não contente com os infelizes comentários onde «Mitt Romney critica organização dos Jogos» Olímpicos, o candidato excedeu-se, revelando uma inusitada capacidade para proferir alarvidade atrás de alarvidade, culminando com a enormidade de afirmar que «o sucesso de Israel deve-se à “mão da providência”» ou, à revelia do direito internacional e como antes já o fizera Obama, que «Jerusalém é a capital de Israel».

Graças a estas e outras declarações – como a que proferiu em reacção à mais recente mortandade registada nos EUA, defendendo que «endurecer leis sobre armas não é solução» – Romney espera conquistar o eleitorado mais conservador e os importantes votos da comunidade judaica (e o não menos importante apoio financeiro), ainda que a primeira reacção conhecida tenha sido a de que a «Palestina acusa Romney de comentários racistas e odiosos»

Enquanto ficamos a saber que «Romney despede-se da Europa com mais uma gaffe» (o último alvo foi a Rússia), resta concluir que ao que tudo indica, e repetindo a história recente, os americanos correm o risco de voltar a sentar na Sala Oval uma reedição de George W Bush!

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