Foi com esta
imagem que há uns dias O
ECONÓMICO deu conta que a desacelaração
europeia põe Portugal na cauda do crescimento económico.
É comum
dizer-se que uma imagem vale mil palavras e a daquela notícia é forte, mas
alguém no jornal parou um pouco para pensar o que estava a dizer, ou
simplesmente fez coro com a ideia que o crescimento está ao alcance de todos e
é o melhor que pode acontecer?
Nas modernas
economias, moldadas pela Revolução Industrial e pela Globalização, onde tudo se
resume ao valor monetário, a resposta será obviamente que o PIB avalia
adequadamente a evolução e o crescimento das economias. Mas será a resposta
correcta, quando dispomos de recursos naturais (superfície arável, recursos
minerais e hídricos) finitos?
Os principais
teóricos e divulgadores da moderna economia parecem apostados em manter imagens
idílicas ou, no mínimo, tranquilizantes para o comum dos cidadãos. Não
ignorarão a futilidade das suas teorias e das suas afirmações, mas anseiam
porque a maioria as tome como válidas e adequadas para enfrentarmos os
problemas que nos escamoteiam.
Enquanto
gastarmos tempo e energias e debater como iremos fazer crescer o PIB de cada
economia, quando vivemos num mundo onde os ganhos de uma economia serão os
prejuízos doutra – lembram-se a falaciosa da ideia salvífica do crescimento das
exportações nacionais que afinal não passava de tentar vender mais barato por
via da redução dos custos salariais – e as matérias-primas são cada vez mais
escassas para as necessidades, em lugar de procurarmos formas de produção social
e ambientalmente mais sustentáveis, estaremos apenas a gravar o retrocesso que
nos aguarda.
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