Sabido que «Trump
vai reconhecer hoje Jerusalém como a capital de Israel» é óbvio esperar uma
«Chuva
de contestações à decisão de Trump sobre Jerusalém».
Mas, pior que
isso poderá ser a declaração onde o enviado especial da ONU para o Médio
Oriente, Nickolay Mladenov, diz que a «ONU
considera que estatuto de Jerusalém deve ser negociado», não só pelo
carácter dúbio – negociado em que sentido? – mas principalmente por esquecer a
decisão da mesma ONU (Resolução 476) que definiu o estatudo de Jerusalém como
cidade dividida entre judeus e palestinianos e que desde 1980, ano em que
Israel aprovou uma Lei Básica de Jerusalém que define a cidade como capital do
estado, foi reafirmado pela Resolução 478.
O efeito
imediato desta decisão irá muito além do aviso onde os «Palestinianos
alertam para violência se Trump mudar embaixada para Jerusalém», porque mais
que o lançamento de nova intifada a decisão
da administração Trump confirma a tendência isolacionista dos EUA, em novo sinal
de implosão do Império Americano numa fase em que o Império do Meio ainda não
pode (ou não quer...) assumir a liderança global, deixando todo o «Mundo
preocupado com mudança da embaixada dos EUA em Israel para Jerusalém» e
Donald Trump cada vez mais longe de alcançar os desejos de grandeza que tanto
apregoa.
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