quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

O MURO DE TRUMP


Mas, pior que isso poderá ser a declaração onde o enviado especial da ONU para o Médio Oriente, Nickolay Mladenov, diz que a «ONU considera que estatuto de Jerusalém deve ser negociado», não só pelo carácter dúbio – negociado em que sentido? – mas principalmente por esquecer a decisão da mesma ONU (Resolução 476) que definiu o estatudo de Jerusalém como cidade dividida entre judeus e palestinianos e que desde 1980, ano em que Israel aprovou uma Lei Básica de Jerusalém que define a cidade como capital do estado, foi reafirmado pela Resolução 478.


O efeito imediato desta decisão irá muito além do aviso onde os «Palestinianos alertam para violência se Trump mudar embaixada para Jerusalém», porque mais que o lançamento de nova intifada a decisão da administração Trump confirma a tendência isolacionista dos EUA, em novo sinal de implosão do Império Americano numa fase em que o Império do Meio ainda não pode (ou não quer...) assumir a liderança global, deixando todo o «Mundo preocupado com mudança da embaixada dos EUA em Israel para Jerusalém» e Donald Trump cada vez mais longe de alcançar os desejos de grandeza que tanto apregoa.

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