domingo, 4 de junho de 2017

TRUMPWORLD

Depois de confirmado que «Trump retira os EUA do acordo de Paris sobre alterações climáticas», muitas foram as reacções críticas, acentuando-se ainda mais a ideia do crescente isolamento internacional dos EUA.

Esta decisão (promessa de campanha de Donald Trump), a par com aquela onde «Trump volta a exigir aos aliados da NATO mais gastos com defesa» e que pareceu abrir uma brecha entre as principais potências ocidentais não são apenas sinais da congruência do actual inquilino da Casa Branca, antes evidências duma certa maneira americana de ver o Mundo... Preconceituosa, estreita, mas determinada.


Tão determinada que não deve ser encarada de forma leviana nem displicente. Quando Trump ameaçou – porque o que na realidade fez foi ameaçar retirar ao Resto do Mundo hipóteses de concertação em matérias de segurança, confirmando que com ele os EUA só agirão em exclusivo benefício próprio – abandonar os restantes membros da NATO à sua sorte e estes não lhe manifestaram objectivamente a sua indisponibilidade para pagar mais para verem defendidos apenas os interesses dos EUA deixaram um sinal duma certa tibieza.

Como que em aparente ligação,ocorreu uma semana depois um ataque contra a zona das embaixadas em Cabul, aquela onde se diz que o nível de segurança é mais elevada, onde esta é assegurada principalmente pelo exército americano e onde, curiosamente, ninguém reivindicou o atentado.
Aliás,o que não tem faltado nos últimos anos são atentados – invariavelmente atribuídos a extremistas islâmicos – perpetrados em oportunidades particularmente adequadas a outros interesses que não os dos grupos que os reivindicam ou a quem são atribuídos. Exemplo disso mesmo foi o atentado de ontem em Londres, sobre o qual existem notícias contraditórias que começaram por falar em vários “ataques”, e que ocorre a poucos dias dumas eleições antecipadas, desendadeadas por um partido conservador que parece cada vez menos seguro de alcançar o resultado que antecipava.

Por um motivo ou por outro, inegável parece ser que o Mundo pós-Trump (ou pró-Trump) se está a transformar num lugar cada vez menos agradável.

Sem comentários: