Depois de confirmado que
«Trump
retira os EUA do acordo de Paris sobre alterações climáticas», muitas foram
as reacções críticas, acentuando-se ainda mais a ideia do crescente isolamento
internacional dos EUA.
Esta decisão
(promessa de campanha de Donald Trump), a par com aquela onde «Trump
volta a exigir aos aliados da NATO mais gastos com defesa» e que pareceu
abrir uma brecha entre as principais potências ocidentais não são apenas sinais
da congruência do actual inquilino
da Casa Branca, antes evidências duma certa
maneira americana de ver o Mundo... Preconceituosa, estreita, mas determinada.
Tão
determinada que não deve ser encarada de forma leviana nem displicente. Quando
Trump ameaçou – porque o que na realidade fez foi ameaçar retirar ao Resto do
Mundo hipóteses de concertação em matérias de segurança, confirmando que com
ele os EUA só agirão em exclusivo benefício próprio – abandonar os restantes membros
da NATO à sua sorte e estes não lhe manifestaram objectivamente a sua
indisponibilidade para pagar mais para verem defendidos apenas os interesses
dos EUA deixaram um sinal duma certa tibieza.
Como que em
aparente ligação,ocorreu uma semana depois um ataque contra a zona das embaixadas em Cabul, aquela onde
se diz que o nível de segurança é mais elevada, onde esta é assegurada principalmente
pelo exército americano e onde, curiosamente, ninguém reivindicou o atentado.
Aliás,o que
não tem faltado nos últimos anos são atentados – invariavelmente atribuídos a
extremistas islâmicos – perpetrados em oportunidades particularmente adequadas
a outros interesses que não os dos grupos que os reivindicam ou a quem são
atribuídos. Exemplo disso mesmo foi o atentado de ontem em Londres, sobre o
qual existem notícias contraditórias que começaram por falar em vários “ataques”,
e que ocorre a poucos dias dumas eleições antecipadas, desendadeadas por um
partido conservador que parece cada vez menos seguro de alcançar o resultado
que antecipava.
Por um motivo
ou por outro, inegável parece ser que o Mundo pós-Trump (ou pró-Trump) se está
a transformar num lugar cada vez menos agradável.
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