Na sequência do
rescaldo da última Cimeira da NATO, onde «Trump
aponta dedo aos “23 dos 28” aliados da NATO que “não pagam o que devem”», e
duma reunião onde «Questões
climáticas dividem G7 em Itália», «Ao
dizer que a Europa está sozinha, Merkel está só a ser sincera com os EUA» e
talvez, por uma vez, com a própria Europa.
É
que quando «Merkel
sugere que a Europa já não pode contar com os EUA» poderá estar a abrir-se
um cenário, agora que até a Inglaterra se afasta, onde finalmente a UE passe a
assegurar a sua própria defesa. Esta questão não é nova – eu próprio a abordei
em diversas ocasiões e a popósito de questões diferentes, como nos posts «O
SMO, A UNIÃO EUROPEIA E PORTUGAL» ou «OS
DEZ PROBLEMAS DO EURO» – mas o seu debate nunca foi assumido por uma
numenklatura temerosa e subserviente a outros interesses que não aqueles que
deveria efectivamente defender.
Felizmente a
tacanhez estratégica e a visão estritamente economicista do novo inquilino da
Casa Branca poderá estar a dar uma nova oportunidade à UE; não sei é se
conseguirei ser tão esperançoso quanto hoje o foi Viriato Soromenho Marques
quando escreveu no DN
que «...no grande
inverno do mundo, a Europa só terá o futuro que souber conquistar com as
próprias mãos. Se isso ajudar a UE a sair da sua patológica menoridade, então
talvez a história europeia acabe por registar Trump como uma imperdível
oportunidade», porque receio bem que voltemos a cair no conto do vigário
que tem sido o estafado argumento do papel dos EUA como “polícias do Mundo”, especialmente
quando a realidade tem mostrado que as intervenções americanas servem exclusivamente
os interesses das suas elites ou dos interesses económicos que as suportam.
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