sexta-feira, 6 de julho de 2007

DIFERENTES? NEM TANTO!

Não há como as chamadas “férias” para pôr em dias leituras antigas e alguma ordem nos papéis que vamos acumulando, actividades que por vezes trazem à memória notícias como esta que há uns meses recortei do COURRIER INTERNATIONAL:

Face ao constante aumento dos acidentes de viação, o emirato não encontrou melhor solução que encomendar uma “fatwa” (decreto religioso) condenando o excesso de velocidade e o desrespeito da sinalização luminosa. Segundo um responsável pela circulação rodoviária a experiência revelou-se positiva e os jovens “aceleras” transformaram-se em condutores responsáveis depois de algumas prédicas explicando que teriam que assumir as consequências da sua atitude quando chegassem ao “outro mundo”.

Para quem tenha lido aquela “notícia” e a tenha entendido como mais uma prova da profunda diferenciação cultural e da extrema influência do fanatismo islâmico na vida quotidiana daquele povo, não resisto a lembrar algumas decisões tomadas por governantes ocidentais (entre os quais se contam os nossos) como a da proibição do fumo e as absurdas campanhas que têm sido implementadas contra esta prática e outras equivalentes.

Em nome do politicamente correcto as sociedades ocidentais revelam-se tanto ou mais fundamentalistas quanto as islâmicas, fazendo tábua rasa daquilo que exigem a estas, esquecendo (quando lhes convém) que a liberdade começa na própria liberdade individual.

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