quinta-feira, 17 de agosto de 2017

O GRANDE PAI BRANCO

A vilania e a falta de carácter dos principais líderes mundiais continua a ser uma evidência cada vez mais difícil de negar. O último exemplo veio dos EUA, onde mais um episódio de «Ódio, intolerância e violência deixam rasto de morte na Virginia», quando na sequência de manifestações contra e a favor da remoção duma estátua de Robert E. Lee (general confederado e herói dos movimentos supremacistas) um «Carro atropela multidão e provoca 1 morto e 19 feridos».

Mesmo sem pretender negar o direito a todos manifestarem a sua opinião parece inegável que a frouxa condenação proferida pelo presidente, onde «Trump reparte a culpa pela violência em Charlottesville», representa um perigo bem mais grave que o do mero apoio à chamada alt-right norte americana.


Trump assume-se não apenas como um apoiante de movimentos racistas (com o famigerado Ku Klux Klan) e neo-nazis, mas principalmente como um presidente cada vez mais isolado na sua visão da América (com uns EUA, país originado por emigrantes voluntários e forçados, cada vez mais divididos pelo racismo e pela xenofobia) e do Mundo.

Tivesse ele mostrado o mesmo grau de contenção e de compreensão do “outro lado” e talvez a escalada militar que se vive do sudoeste asiático não fosse a grave realidade que é, não apenas com o anúncio do exercício anual com a Coreia do Sul mas também com o Japão, atingindo um grau onde a principal responsabilidade é sempre do lado mais forte.

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