quarta-feira, 24 de agosto de 2016

UN CHIEN À MONTREUX

Assinala-se hoje o centenário do nascimento de um dos nomes maiores da música contemporânea; francês por adopção, mas monegasco por nascimento, Léo Ferré não foi apenas o compositor de algumas da mais conhecida música popular francesa, antes um artista polifacetado que juntou à música a densidade da sua poesia (publicou cerca de dezena e meia de livros) ou a de outros poetas consagrados – como Charles Baudelaire, Louis Aragon, Guillaume Apollinaire e Arthur Rimbaud – e o valor dos seus ideais.

Lembrá-lo tão só como o autor de “Avec Le Temps” não é apenas injusto, como redutor é associá-lo apenas ao ideário libertário; Ferré foi muito mais que isso... Compôs música popular mas também a ópera “La Chanson du Mal-Aimé” e uma “Sinfonia Incompleta”, escrevendo e interpretando com todo o seu sentimento verdadeiros panfletos de inconformismo.


Quem nunca ouviu o já referido “Avec Le Temps”, “Amour Anarchie”, “La Solitude” ou até “Un Chien à Montreux” (gravação ao vivo da sua passagem pelo Festival de Montreux), tem agora uma boa oportunidade para se redimir e deixar-se embalar pelo jovem velho sem idade que é Léo Ferré...

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