Assinala-se
hoje o centenário do nascimento de um dos nomes maiores da música contemporânea;
francês por adopção, mas monegasco por nascimento, Léo Ferré não foi apenas o
compositor de algumas da mais conhecida música popular francesa, antes um
artista polifacetado que juntou à música a densidade da sua poesia (publicou cerca
de dezena e meia de livros) ou a de outros poetas consagrados – como Charles Baudelaire,
Louis Aragon, Guillaume Apollinaire e Arthur Rimbaud – e o valor dos seus
ideais.
Lembrá-lo tão só como o autor de “Avec Le Temps” não é
apenas injusto, como redutor é associá-lo apenas ao ideário libertário; Ferré
foi muito mais que isso... Compôs música popular mas também a ópera “La Chanson du Mal-Aimé” e uma “Sinfonia Incompleta”, escrevendo e
interpretando com todo o seu sentimento verdadeiros panfletos de inconformismo.
Quem nunca
ouviu o já referido “Avec Le Temps”, “Amour Anarchie”, “La Solitude” ou até “Un Chien
à Montreux” (gravação ao vivo da sua passagem pelo Festival de Montreux), tem
agora uma boa oportunidade para se redimir e deixar-se embalar pelo jovem velho
sem idade que é Léo Ferré...
Sem comentários:
Enviar um comentário