segunda-feira, 6 de abril de 2015

PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA

No dia em que se assinala o 4º aniversário do início da intervenção da “troika”,em que muito se poderia dizer para descrever o seu efeito na economia nacional, eis que o insuspeito EXPRESSO resumiu a situação dizendo que «Portugal tem mais 210 mil pessoas em risco de pobreza ou exclusão desde 2010».


Para quê lembrar a queda de mais de 7% no PIB, o crescimento desemprego para níveis próximos dos 20% (38% no caso do desemprego jovem), a repetição dos défices anuais acima das “metas” e, pasme-se, a subida da dívida pública até aos 130,2% do PIB (em 2010 estava nos 96,2%).

Constatar-se, como o fez recentemente o INE, que a «Recessão com a troika foi maior do que se pensava» é um mero eufemismo que esconde a verdadeira finalidade dum programa económico anunciado para combater o crescimento da dívida pública mas desenhado desde a primeira hora para assegurar o aumento do desequilíbrio no modelo de distribuição da riqueza, concentrando-a num número cada vez menor de super-ricos.

Muitas outras referências podiam neste momento ser invocadas à colação, como a de que «Portugal regista a maior queda nos custos laborais na União Europeia» ou de que «Portugal é o terceiro país da UE com menos vagas de emprego», mas a cereja no topo do bolo, que insistem que traguemos sem contestação, foi “oferecida” quando a «Bloomberg põe Portugal como o 10.º país mais miserável».


Mais palavras para quê?

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