No dia em que se assinala
o 4º aniversário do início da intervenção da “troika”,em que muito se poderia
dizer para descrever o seu efeito na economia nacional, eis que o insuspeito EXPRESSO resumiu a situação dizendo que «Portugal
tem mais 210 mil pessoas em risco de pobreza ou exclusão desde 2010».
Para quê
lembrar a queda de mais de 7% no PIB, o crescimento desemprego para níveis
próximos dos 20% (38% no caso do desemprego jovem), a repetição dos défices
anuais acima das “metas” e, pasme-se, a subida da dívida pública até aos 130,2%
do PIB (em 2010 estava nos 96,2%).
Constatar-se,
como o fez recentemente o INE, que a «Recessão
com a troika foi maior do que se pensava» é um mero eufemismo que esconde a
verdadeira finalidade dum programa económico anunciado para combater o
crescimento da dívida pública mas desenhado desde a primeira hora para
assegurar o aumento do desequilíbrio no modelo de distribuição da riqueza,
concentrando-a num número cada vez menor de super-ricos.
Muitas
outras referências podiam neste momento ser invocadas à colação, como a de que «Portugal
regista a maior queda nos custos laborais na União Europeia» ou de que «Portugal
é o terceiro país da UE com menos vagas de emprego», mas a cereja no topo
do bolo, que insistem que traguemos sem contestação, foi “oferecida” quando a «Bloomberg põe Portugal como o 10.º país mais
miserável».
Mais
palavras para quê?
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