Há demasiado
tempo que as comemorações oficiais do 25 de Abril deixaram de lustrar a
verdadeira dimensão e propósito daquele acontecimento. Lembrar Abril passou a
ser um acto mecânico levado a cabo com maior ou menor empenho mas nunca com alma
ou emoção.
Os discursos
oficiais passaram a reflectir outros valores que não os da liberdade e da
igualdade e pior ficaram depois que o Palácio de Belém passou a ser ocupado por
um reformado que habitualmente nos mimoseia com «…um arrazoado de banalidades, redigido
num idioma de eguariço» (como
aqui escreveu Baptista Bastos).
Compensando a
baixeza das cerimónias oficiais e a ladainha presidencial, voltaram a ser
outros os locais onde se fizeram as comemorações, lembrando aqueles que deram
voz à resistência ou na rua protestando contra a forma como temos sido
governados.
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