sábado, 25 de abril de 2015

LEMBRANDO ABRIL

Há demasiado tempo que as comemorações oficiais do 25 de Abril deixaram de lustrar a verdadeira dimensão e propósito daquele acontecimento. Lembrar Abril passou a ser um acto mecânico levado a cabo com maior ou menor empenho mas nunca com alma ou emoção.

Os discursos oficiais passaram a reflectir outros valores que não os da liberdade e da igualdade e pior ficaram depois que o Palácio de Belém passou a ser ocupado por um reformado que habitualmente nos mimoseia com «…um arrazoado de banalidades, redigido num idioma de eguariço» (como aqui escreveu Baptista Bastos).


Compensando a baixeza das cerimónias oficiais e a ladainha presidencial, voltaram a ser outros os locais onde se fizeram as comemorações, lembrando aqueles que deram voz à resistência ou na rua protestando contra a forma como temos sido governados.


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