terça-feira, 30 de março de 2010

TERROR NA RÚSSIA?

Novo atentado no metro de Moscovo volta a trazer à primeira ordem do dia as questões (e as paranóias) securitárias, bem expressas na notícia da TSF que assegura que «Medvedev propõe endurecimento da legislação anti-terrorista».
Embora aquele atentado ocorrido em duas estações diferentes e com curtos intervalos de tempo encaixe, aparentemente, no “modus operandi” dos extremistas islâmicos, a pronta acusação das autoridades russas aos extremistas chechenos liderados por Doku Umorov e a ausência de qualquer reivindicação, devem ser encarados com as devidas cautelas.

Este atentado, como sugere Miguel Monjardino (
citado nesta notícia do I), deve merecer especial atenção, tanto mais que ocorreu poucos dias após o anúncio de um novo acordo russo-americano para a redução dos arsenais nucleares[1], numa fase em que Putin e Medvedev enfrentam nova onda de oposição interna e quando algumas notícias na imprensa deixam entender que os serviços secretos russos (FSB) podem ter fracassado na tentativa de desactivarem as acções[2].

Mais do que aguardar uma eventual reivindicação do atentado, as atenções devem concentrar-se nas notícias que surjam dos corredores do Kremlin e de um eventual endurecimento de posições e de acções militares.
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[1] A noticia, difundida pelo PUBLICO, pode ser lida aqui.
[2] Quer o PUBLICO, na notícia «Moscovo em luto pelas 39 vítimas de duplo atentado», quer o DIÁRIO DE NOTÍCIAS, na notícia «Moscovo vive manhã de terror na linha vermelha» levantam a possibilidade do FSB ter tido informação atempada sobre a iniciativa, mas as suas acções parecem ter sido infrutíferas para impedir o atentado.

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