domingo, 11 de agosto de 2019

GREVE OU NEM TANTO


Com pouco mais de três meses decorridos desde a última greve dos camionista que ameaçou paralisar o país e tendo como pano de fundo a habitual troca de acusações entre sindicatos e associação patronal, eis que estamos prestes a ver repetir aquele cenário, com a novidade de vermos agora juntar-se o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) ao Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e ampliar os potenciais efeitos da greve.



Depois da experiência de Abril, o Governo reagiu antecipadamente e foram já fixados os serviços mínimos, matéria já usada pelos sindicatos e pela ANTRAN (Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias) para nova troca de acusações e que, pela sua extensão, mereceu grandes (e justificadas) críticas do movimento sindical.

Sem querer abordar aqui a questão da excessiva dependência nacional do transporte rodoviário de mercadorias (impossível de resolver no curto espaço de tempo que mediou entre as duas greves) ou a maior ou menor justiça das reivindicações sindicais, sempre deixo uma dúvida que nunca vi esclarecida na comunicação social: se sindicatos e patrões se acusam mutuamente de violação dos termos do acordo, porque é que esta matéria nunca foi devidamente esclarecida, tanto mais que em matérias de greves de camionistas nunca consigo deixar de recordar a greve dos camionista chilenos que esteve na génese do golpe militar de Augusto Pinochet.

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