A greve convocada na passada semana por um
recém criado Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP)
apesar de entretanto resolvida continua a centrar atenções e opiniões.
Dizem uns que
o sindicalismo já não é o que era e outros que esta greve veio revelar a
dependência nacional dos produtos petrolíferos, como se nunca se tivessem
registado outras greves de outros sectores específicos (lembre-se o caso dos
enfermeiros especialistas) ou se a distribuição de outras formas de energia
(por exemplo o gás ou a electricidade) não possa originar também o mesmo tipo
de paralisia económica.
Deixando por
ora de lado a questão das transformações no mundo sindical, quero concentrar-me
apenas no aproveitamento da escassez de combustíveis que tem sido feito pelos
indefectíveis da substituição dos motores de combustão interna pelos eléctricos
para recordar que as redes de distribuição de energia eléctrica constituem um
dos mais fáceis e apetecíveis alvos para ataques informáticos que poderão paralisar tudo e todos, quando talvez uma das questões que já devia ter sido
levantada era a do modelo de funcionamento de um sistema de distribuição completamente
desligado da realidade e da gestão da produção industrial.
É que se
fossem as próprias refinadoras a assegurar a principal quota do serviço de
distribuição seguramente que não quereriam ver o seu negócio seriamente afectado.
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