A já esperada
rejeição pelo Parlamento Britânico do acordo de saída da UE negociado por
Theresa May não será o maior dos problemas que hoje se enfrentam por terras da
velha Albion, nem, como
escreveu hoje Leonídio Paulo Ferreira no DN, o problema foi a vitória do
Brexit.
A questão que
deixa em alvoroço brexiters e remainers, a par com Bruxelas, é que na
realidade ninguém sabe como lidar (ou negociar) com a situação.
David Cameron,
o anterior primeiro-ministro e líder dos tories,
no afã de resolver um problema de natureza partidária deu luz verde a um
processo – o referendo – cujos contornos revelou desconhecer e que se transformou numa
caixa de Pandora que ameaça todos engolir no seu vórtice; os brexiters lançaram-se numa campanha pela
saída da UE sem uma verdadeira estratégia alternativa nem o mínimo de noção do
que acarretaria a vitório do NÃO. Tudo o que lhes interessava era a saída da
UE.
Conseguiram-no!
O custo, para
ingleses e europeus, é uma questão menor para aqueles dirigentes políticos que
outra coisa não revelaram senão uma confrangedora incapacidade de ver além do
seu umbigo ou das pequenas questiúnculas e que esperavam o milagre de ver a UE
aceitar uma saída soft a quem sempre
se revelou mais fora que dentro da UE.
Lições a
aprender? Não confiem em quem diz que os grandes problemas têm soluções fáceis
e simples ou que sempre aplica estratégias ambíguas ou simplistas, como a de
acusar os outros pelos seus próprios problemas!
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