As recentes
notícias que reportam uma acção militar onde a «Rússia
bloqueia portos ucranianos no Mar de Azov», aparentemente surgida na sequência
do incidente do fim-de-semana onde «Rússia
abre fogo sobre a Marinha da Ucrânia» e apresa três navios, já mereceram
reacção do outro lado do Atlântico com a notícia que o presidente «Trump
cancela reencontro com Putin por causa... da Ucrânia».
Do lado
europeu ouvem-se os tradicionais apelos à contenção e «Berlim propõe mediação franco-alemã para tensão
russo-ucraniana no mar de Azov», enquanto a Ucrânia, que ainda
recentemente realizou pouco noticiados exercícios militares na costa do Mar de
Azov, apela à intervenção da NATO, que em jeito de resposta pede
"contenção" à Rússia e abertura à navegação do estreito de Kertch.
Ninguém
ignorará que a região é foco de tensão desde 2014, quando na sequência da deposição
do presidente pró-russo Viktor Yanukovych a Rússia ocupou a península da Crimeia,
mas raramente se referem outras causas para esta situação e que vão desde o
facto daquele território ter pertencido à Rússia até 1954, ano em que foi transferido
para a Ucrânia por decisão de Nikita Khrushchev, e de nele se encontrar
instalada uma base naval russa – Sebastopol –, estratégica e insubstituível por
ser a de maior proximidade ao Mediterrâneo e que mantém a operacionalidade
durante o Inverno.
Em resumo sendo
a Crimeia e Sebastopol tão estratégicas para a Rússia como é o Canal do Panamá para
os EUA alguém de bom senso esperará que algum dirigente russo dela abra mão?
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