Com
a celebração da “saída limpa” da Grécia – o que não significou grande alívio
para a população grega – e a crise das dívidas públicas em aparentes águas
mornas, as atenções parecem agora mais viradas para o problema do afluxo de migrantes
e para a clara cisão marcada pela recusa do Grupo de Visegrado (Hungria,
Polónia, República Checa e Eslováquia) em participar no programa europeu de
redistribuição de imigrantes, recusa que acaba de ser oficialmente reconhecida
na cimeira informal que reuniu chefes de estado e de governo da UE em
Salzburgo.
Mais
do que concertar uma solução a longo prazo para o problema do crescente fluxo
de migrantes às fronteiras da UE, solução que terá que passar pela normalização
política e económica das regiões de origem dos migrantes mas que no imediato
terá que responder às mais básicas carências daqueles que sobrevivem até às
suas fronteiras, o compromisso encontrado em Salzburgo, parece mais um apoio às
políticas radicais do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que a
reafirmação dos princípios de solidariedade e responsabilidade que costumavam
ser associados à ideia da UE.
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