sábado, 22 de setembro de 2018

MIGRANTXIT


Com a celebração da “saída limpa” da Grécia – o que não significou grande alívio para a população grega – e a crise das dívidas públicas em aparentes águas mornas, as atenções parecem agora mais viradas para o problema do afluxo de migrantes e para a clara cisão marcada pela recusa do Grupo de Visegrado (Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia) em participar no programa europeu de redistribuição de imigrantes, recusa que acaba de ser oficialmente reconhecida na cimeira informal que reuniu chefes de estado e de governo da UE em Salzburgo.


Mais do que concertar uma solução a longo prazo para o problema do crescente fluxo de migrantes às fronteiras da UE, solução que terá que passar pela normalização política e económica das regiões de origem dos migrantes mas que no imediato terá que responder às mais básicas carências daqueles que sobrevivem até às suas fronteiras, o compromisso encontrado em Salzburgo, parece mais um apoio às políticas radicais do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que a reafirmação dos princípios de solidariedade e responsabilidade que costumavam ser associados à ideia da UE.

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