Dias depois de
termos assistido à demonstração de uma «Imprensa
dos EUA unida para derrubar retórica hostil de Trump contra 'media'» eis
que surgiram os primeiros excertos da publicação de «Medo: Trump na Casa
Branca», o mais recente livro de Bob Woodward (o premiado jornalista do
Washington Post que em 1974 revelou o escândalo Watergate), onde este assegura
que «há aliados de Trump que lhe escondem documentos e se
negam a cumprir ordens», situação que parece confirmada quando logo
a seguir uma «Opinião anónima no NYT diz que há um
movimento secreto de resistência dentro da Administração Trump».
Dois dos seus
colaboradores mais próximos, «Mike
Pence e Mike Pompeo negam ter escrito artigo sobre Trump e acusam media de
sabotar administração», enquanto o próprio «Trump
reage ao artigo do “New York Times”: “É um editorial cobarde”» e traz a
questão para a sua habitual linha de argumentação – tão simples e directa quanto
manipuladora e normalmente pouco fiável.
A pouco e
pouco, por acção própria ou por reacção àqueles que o pretendem combater, Trump,
qual Capitão América, está a colocar-se na posição de “sozinho contra todos”,
especialmente perigosa para quem se tem assumido desde a primeira hora como um
populista que nunca hesitou em negar num dia o que jurou no anterior e sempre
tem contado com forte apoio dos seus indefectíveis, confirmando até que esta
América truculenta e canhestra que Trump está a trazer para a ribalta mundial sempre
existiu.
O futuro dirá
se existem, ou não, «Manobras na Casa Branca: resistência ou golpe de
Estado?» e se, num cenário possível, «“Isto
não é um novo Watergate. É pior”».
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