quinta-feira, 18 de novembro de 2010

E SE...


E se era de esperar que o tema deste “post” gravitasse à volta do título do ECONÓMICO «Irlanda admite recorrer ao fundo europeu de resgate» ou até de outras questões importantes – a manutenção de um comando NATO em Oeiras ou a concertação da estratégia para O Afeganistão –, que não deixarão de constar na agenda e nas conversas do corredor  na Cimeira da NATO que terá lugar este fim-de-semana em Lisboa.

E se nem movido pela avalanche de notícias, reportagens e comentários sobre as avassaladoras medidas de segurança que irão transformar a capital do país num território cercado (tão cercado que, no auge das mais severas medidas económicas para combater a crise e aumentar a produtividade nacional, o governo de José Sócrates decretou uma tolerância de ponto para o dia do início das operações de segurança), o tema fosse o irracional dessas medidas de que os governantes mundiais cada vez mais se rodeiam (e há quem continue a assegurar que o medo dá asas...)


E se, pelo contrário, ao deparar-me com a notícia do «Embaraço no Governo com demissão do chefe dos espiões», não resistisse a deixar aqui um outro olhar sobre uma questão que a avaliar pelo corpo da notícia do PUBLICO parece ter resultado dos cortes orçamentais impostos pelas medidas de austeridade; é que sem entrar em qualquer tentativa de avaliação e justificação dos gastos com os serviços de informação, não posso deixar de sublinhar o que pode representar o espanto por uma atitude pouco comum; e se o director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) decidiu demitir-se simplesmente por protesto contra o que entende serem medidas contrárias ao seu projecto de trabalho?

E se, como este, outros directores e administradores de serviços e empresas públicas batessem com a porta perante a irracionalidade das medidas de austeridade?

E se eu parasse de sonhar que este país é dirigido por HOMENS...

1 comentário:

Pedro Viseu disse...

É sempre bom sonhar!!!