terça-feira, 16 de novembro de 2010

e-IDEIAS

Enquanto a opinião pública nacional continua a ser diariamente bombardeada com notícias sobre a subida dos juros das dívidas soberanas denominadas em euros, com a mais recente polémica da política nacional (a emergência de uma coligação governamental), com o debate na especialidade do OE 2011, ou até com os preparativos para a Cimeira da NATO que decorrerá no próximo fim-de-semana em Lisboa, pequenas notícias tendem a passar quase despercebidas.
Dentre estas, e numa altura em que tanto de fala da necessidade de redução da despesa pública, gostava de destacar uma que referindo a possibilidade do Estado poupar um mínimo de 80 milhões de euros se optar pelo uso de “software” livre, constitui um excelente exemplo do muito que podia se alcançado caso fossem utilizadas verdadeiras políticas de gestão cuidadosa dos dinheiros públicos.

Os cálculos, apresentados pela ESOP (Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas) baseiam-se nos gastos em “software” informático, que em 2009 ascenderam a 160 milhões de euros, e à estimativa realizada por aquela associação de que o “software” produzido pelos seus associados poderia substituir entre 50% a 70% daqueles gastos.
Conhecida a realidade noutros países europeus, nomeadamente o facto das administrações públicas de países como a Espanha, a Noruega, a Holanda e a França serem já grandes utilizadoras daquele tipo de “software” e quando os “especialistas” partidários custam a encontrar formas de reduzir a despesa é especialmente importante a divulgação deste tipo de contributos.
É certo que a Microsoft e outras empresas do género, que apostaram em cimentar o enriquecimento dos seus accionistas na total dependência dos utilizadores informáticos, não gostarão deste género de iniciativas, mas como estes contribuem muito pouco para as receitas públicas nacionais...

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