quinta-feira, 20 de junho de 2019

VAZA JACTO


A publicação pelo jornal on-line The Intercept da transcrição de inúmeras conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores que investigavam o caso Lava Jacto veio pôr a nu o que muita gente suspeitava: por detrás do julgamento e condenação de Lula da Silva havia uma bem urdida teia com manifestos interesses políticos.


No rescaldo das notícias, Sérgio Moro defende-se com o argumento que mensagens trocadas com procuradores foram obtidas por “grupo criminoso organizado” e nega “conluio” com procurador do processo “Lava Jacto” mas o portal de investigação jornalística responde com a acusação de que Sérgio Moro ter-se-á oposto a investigar Fernando Henrique Cardoso, reacendendo a questão da dimensão política da actuação do aparelho judicial brasileiro.

De momento será prematuro afirmar se o escândalo ditará ou não a demissão do ministro sensação do governo Bolsonaro, mas quase certo é um novo recrudescimento no confronto entre críticos e apoiantes de Lula da Silva. A verdadeira dimensão destas revelações ainda está para ser avaliada; para já soma-se o descrédito do aparelho judicial à evidente divisão entre críticos e apoiantes do actual governo e ao agravamento das tensões sociais e políticas por terras de Vera Cruz.

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