Até em tempos conturbados e agitados, como os que vivemos, surgem de quando em vez notícias que transmitem algum ânimo e conforto, como a que ontem deu conta que o «Pai do programa “Fome Zero” é o novo presidente da FAO».
Se é certo que não são apenas os líderes que fazem as organizações, a escolha de José Graziano da Silva, o homem que durante o primeiro mandato presidencial de Lula da Silva foi o responsável pelo programa nacional de Segurança Alimentar e Combate à Fome e internacionalmente reconhecido pela redução em 25% dos problemas de subalimentação no Brasil, constitui um enorme sinal de esperança para mais de 900 milhões de seres humanos (a estimativa é de que existirão cerca de 925 milhões de pessoas no Mundo em situação de subalimentação).
O novo director-geral da FAO transitará da função de representante regional para a América Latina e as Caraíbas para a direcção daquele organismo da ONU, a partir do primeiro dia de 2012, depois de vencer uma votação renhida contra o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Miguel Angel Moratinos.
O currículo e os anteriores sucessos aumentarão a responsabilidade de José Graziano da Silva, mas também em idêntica proporção as esperanças de finalmente começarmos a ver reduzido a absurda disparidade na distribuição mundial de alimentos, tanto mais que, fazendo fé nesta notícia do EXPRESSO, o próprio já apontou o elevado preço dos alimentos como um dos principais problemas a serem combatidos durante o seu mandato.
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