sexta-feira, 13 de maio de 2011

GRAU ZERO


Retomando aqui o título e a conclusão do último artigo de opinião que António Vitorino assinou para o DN, permito-me discordar da afirmação que «...reduzir as escolhas eleitorais a um plebiscito sobre uma pessoa é o grau zero da política!», pois o raciocínio que o conduziu àquela conclusão necessita de ser estendido ao conjunto do triângulo político (PS – PSD – CDS) que nas últimas décadas tem conduzido os destinos do país.


A estreiteza de vistas das elites políticas, económicas e culturais deste país – pelo menos daqueles a quem a imprensa, nas suas mais variadas formas, tem assegurado presença e voz – que de eleição em eleição transformou o que deveria ser um processo de debate de ideias e de informação de programas numa feira de curiosidades e outras alarvidades a ponto de já se ter transformado em lugar comum a ideia que um acto eleitoral destinado à escolha dos representantes do órgão legislativo e fiscalizador por excelência – o parlamento – se traduz afinal num processo de eleição do primeiro-ministro...

Sem comentários: