segunda-feira, 17 de outubro de 2005

POBREZA

No Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza Vieira da Silva, o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, afirmou estar "chocado" com os níveis de pobreza em Portugal, que incide sobretudo nas crianças, idosos e mulheres.

A OIKOS (Organismo Não Governamental que luta pela erradicação da pobreza) destaca num manifesto hoje publicado na sua página na Internet:

· 1 em cada 5 portugueses vive no limiar da pobreza (21% da população total);
· 12.4% da população activa ganha o salário mínimo nacional (374,7€);
· 7,2 % da população activa está desempregada;
· em 2003, mais de 5000 trabalhadores tiveram o seu trabalho reduzido ou suspenso;
· 26,3% dos reformados recebe menos de 200€/mês de reforma;
· 147 332 portugueses recebem o Rendimento Social de Inclusão (151,84€);
· 79,4% da população activa não terminou o ensino secundário;
· 45,5% da população, em idade escolar, abandona de forma precoce a escola;
· a Taxa de Analfabetismo, em 2001, era 9,0% da população;
· 300 mil famílias (8% da população) viviam, em 2001, em habitações sem condições mínimas;
· em relação aos dados de 1999 e 2000, há um agravamento de 20 a 25% da situação de pessoas sem-abrigo;
· a taxa de Analfabetismo, em 2001, era de 11,5% para as mulheres e de 6,3% para os homens;
· os homens ganham mais 9% do que as mulheres
· a Taxa de Desemprego, em 2002, era de 55,2% para o género feminino;
· em 2003, 69% da população dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção, eram mulheres;
· as 100 maiores fortunas portuguesas representam 17% do Produto Interno Bruto Nacional;
· Portugal tem a pior distribuição de riqueza no seio da União Europeia com os 20% mais ricos a controlar 45,9% do rendimento nacional;
· 10 800 pessoas têm rendimentos de cerca de 816 mil euros anuais;
· em 2001, a Segurança Social gastou com cada português apenas 56,9% do que habitualmente gastam os outros países da União Europeia.

SE O MINISTRO APENAS SE SENTE CHOCADO EU, SINTO-ME ENVERGONHADO…

1 comentário:

Carlos Gil disse...

A brutalidade destes números levou-me a linkar o post.
Abraço